30 de nov. de 2012

Finito


Que pena que nem tudo é eterno.
Nem mesmo o universo, coitado,
tão grande que parece tão limitado.

Quem dera se eu pudesse,
fazer tudo durar mais do que se deve.
Ah, se me coubesse,
esticar os sorrisos que me deste.

Se o bom durasse tanto
talvez não teria muitos prantos.
Ora podia ter sempre encanto, 
ora fosse só desengano.





29 de nov. de 2012

Memórias de um verão


Dizem que o verão é a estação dos amores, das melhores paixões e curtições. Pois é, eu vivi em um verão bem longo, quase eterno e que ainda insiste em sobreviver em simultâneo às minhas tentativas de o matar. Memórias que me cercam a todo momento. Boas memórias, sim, mas que deixam de ser tão boas por não preencherem mais o meu atual verão.

28 de nov. de 2012

Nesse momento não me vem nada interessante pra escrever. Só a vontade mesmo de escrever. Palavras me encantam, e se pudesse vivia assim, escrevendo tudo que sentisse, visse e, quem sabe, o que ouvisse. Mas nem tudo que se ouve vale a pena registrar - assim como um amor, que por algum motivo não está mais com você - deve-se deletar.

25 de nov. de 2012

Desconfie



"Há poucas pessoas que eu ame de verdade, e menos pessoas ainda de que eu tenha boa opnião. Quanto mais conheço o mundo, mais me sinto insatisfeita com ele; e a cada dia se confirma minha crença na incoerência de toda personalidade humana, e na pouca confiança que podemos depositar na aparência de mérito ou razão.”

Jane Austen

23 de nov. de 2012


"A vida não está ai apenas para ser suportada ou vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Não é preciso realizar nada de espetacular. Mas que no mínimo seja o máximo que a gente conseguiu fazer consigo mesmo."


Fernanda Mello

21 de nov. de 2012

Conversando com Deus


Quando é que será que eu serei toda tua e somente tua? Estou cansada de mim mesma e desse mundo virado de cabeça pra baixo. Será que é tão difícil quanto eu penso? Será que um dia eu me sentirei tão sua a ponto de sentir-me merecedora de receber alguma honra? Não, acho que nem quero tanto assim. Na verdade eu só queria me atirar nos teus braços e nunca, nunquinha sair mais de lá. Queria não apenas perceber minha dependência de ti, mas ser (de corpo, alma, mente, coração, atitude) como tu és, meu Pai querido! Não quero me sentir como um ser deste mundo, mas evoluir eternamente para tua glória.

19 de nov. de 2012

Da oservação


"Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio..."

Mário Quintana

17 de nov. de 2012

Invisible waves


Sabe o que mais me irrita ultimamente? Essa corrida desenfreada por te esquecer e lembrar mais de mim. Não que seja irritante curtir a mim mesma, mas porque essa onda está me levando bem devagarzinho para o fundo e, por enquanto, eu sei e vou nadando, boiando, enrolando. Mas chega uma hora que o cansaço é vencido e espero que, chegando esse momento, eu já esteja bem segura nos braços de um belo salva-vidas!

15 de nov. de 2012

...Depois de tantas lágrimas, ela finalmente parecia ter secado.






E se perguntassem o que vem a ser o certo, Gabriela olharia com a cabeça torta como a de um cachorro quando parece não compreender o que se passa. O olhar de repente vidrado de quem tem sede de entender as coisas que acontecem ao redor. Ela não sabia amar, talvez. Então mais um amor havia ido embora, mais um amor havia chegado ao fim. Nessa imensa individualidade onde ninguém podia entristecê-la sempre cresciam espinhos. Espinhos para machucar aqueles que a machucavam, então assim não a tocavam. Não tocava porque o medo da mágoa não deixava que lhe tocassem, ou então havia medo porque não haviam tocado fundo o suficiente para que o medo não existisse. Que triste então estava sendo, mas Gabriela parecia acostumada. Acostumada e fria porque depois de tantas lágrimas, ela finalmente parecia ter secado. A maquiagem borrada em volta dos olhos tinha sido limpa na noite anterior. Quando Antônio e ela se encontraram; ela parecia inteira. Inteira porque não tinha ficado nada dela para trás. Seus olhos eram de desilusão, de cansaço. Cansada de construir sonhos, planos, fantasias. E depois da desilusão ter de destruir uma a uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para trás e não sentir nada do que sentira antes. Era mais um fim doído, choroso, arrastado. Fosse o ponto final sua última lágrima de dor, já havia então sido decretado. Decretado num discurso mudo, num adeus em silêncio. Dito através de tudo daquilo que não havia sido falado. Antônio não parecia prestes a dizer nada. Gabriela não diria; se pudesse escolher, teria ficado calada, mas lhe escapou: “Meu coração tá ferido de amar errado. De amar demais, de querer demais, de viver demais. Amar, querer e viver tanto que tudo o mais em volta parece pouco. Seu amor, comparado ao meu, é pouco. Muito pouco. Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.”

C. F. Abreu

14 de nov. de 2012

Sei


Sabe, quando a gente tem vontade de encontrar 
A novidade de uma pessoa 
Quando o tempo passa rápido 
Quando você está ao lado dessa pessoa 
Quando dá vontade de ficar nos braços dela
E nunca mais sair…

Sabe, quando a felicidade invade 
Quando pensa na imagem da pessoa 
Quando lembra que seus lábios encontraram 
Outros lábios de uma pessoa 
E o beijo esperado ainda está molhado 
E guardado ali em sua boca 
Que se abre e sorri feliz 
Quando fala o nome daquela pessoa 
Quando quer beijar de novo muitos lábios 
Desejados da sua pessoa 
Quando quer que acabe logo a viagem 
Que levou ela pra longe daqui…

Sabe, quando passa a nuvem brasa 
Ar de coco, sopro do ar que traz essa pessoa 
Quando quer ali deitar, se alimentar 
E entregar seu corpo pra pessoa 
Quando pensa porque não disse a verdade 
É que eu queria que ela estivesse aqui…

Sei… 
Eu sei.

Nando Reis

13 de nov. de 2012

Uma dose de Ana Jácomo

"São saudades de um mundo contente feito céu estrelado. Feito flor abraçada por borboleta. Feito café da tarde com bolinho de chuva. Onde a gente se sente tranquilo como se descansasse num cafuné. Onde, em vez de nos orgulharmos por carregar tanto peso, a gente se orgulha por ser capaz de viver com mais leveza."


Ana Jácomo

12 de nov. de 2012

...Eu queria saber quem descobriu a eficácia que tem a poesia de afugentar o amor.
- A mim sempre me disseram que a poesia é o alimento do amor.
- De um amor sincero, sólido, sadio, pode ser. Tudo serve de alimento ao que já tem força. Mas quando se trata de uma ligeira e fraca inclinação, estou convencida que um bom soneto é suficiente para fazê-la morrer de inanição.

Trecho do livro Orgulho e preconceito de Jane Austen

11 de nov. de 2012

Be happy


Hoje é um lindo dia, e eu quero ser feliz, aliás eu estou sendo feliz sim. Não interessa se já consegui te tirar do coração, não! Talvez isso nem aconteça, afinal, mas vamos relevar esta informação, né, e seguirei em frente, brincando de amnésia e continuando a rir do meu jeito, como sempre foi. Porque já decidi que não irei perder meu tempo naquilo que só me traz tristezas.
Agora a onda é "be happy" todos os dias, "carpe diem" e "don't worry baby"!

9 de nov. de 2012

"Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou."

João 1: 18

7 de nov. de 2012

Cravou em mim


Pra você parece que está sendo até fácil, mas não se engane, tenho vivido de aparências. Deixar tudo que passou assim, de uma hora pra outra, é para quem não sentiu calafrio interno por um simples sorrir, e não ter colocado sua alma no fogo. Tenho tentado enganar-me de qualquer jeito, até reinventando meus próprios prazeres. Mas não estou vendo jeito, posso ser qualquer uma, sua lembrança crava-se em em todas elas.

6 de nov. de 2012

Abrindo a caixinha de músicas



Até parece - Marisa Monte (tudo haver com meu momento!)
Até parece
Que não lembra
Que não sabe

O que passou
Não faz assim!...

Não faz de conta

Que não pensa
Em outra chance
Prá nós dois
Olha prá mim...

Não me torture

Não simule
Não me cure
De você...

Deixa o amanhã dizer!

1 de nov. de 2012



"Ela queria saber o que naquele momento estava passando em sua mente, de que maneira ele pensava nela. E se, ao arrepio de tudo, ela ainda era querida por ele."

Jane Austen