29 de mai. de 2013

O essencial é invisível aos olhos



A vida é tão cheia de detalhes. Cada manhã que me levanto sinto-me ressurgindo para uma nova chance de repetir os modos, a preocupação, ansiedade e a batalha do dia anterior. Tudo passa e pouco se muda...
Porém vem alguém e me diz que nada disso faz a diferença na minha vida, que as lutas corriqueiras não importam, que não me trarão nada, é corrida atrás do vento.
Mas então eu não entendo, como pode eu viver? Para que, afinal, ter vida, se a vida exige de nós acordar e lutar todos os dias em busca de coisas que nos permitam ser realizados? E esse alguém, calmo e sereno, me diz: "Necessário vos é nascer de novo" (João 3:7). Como pode? Assim do nada, nascer de novo? Que história é essa? Isso é loucura! E ainda acrescenta: "Não te maravilhes de te ter dito. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito" (João 3:7 - 8). Oras, como posso não me maravilhar ou espantar ao ouvir tais palavras? Quer dizer que, como o vento, que nem sabemos de onde veio, assim é quem nascer novamente em espírito. As pessoas não saberão de onde virá, mas serão capazes de contemplar alguém que não busca prazeres neste mundo, mas que viverá por um motivo ainda mais especial, incapaz de ser visto com olhos humanos, porque a essência é invisível.


17 de mai. de 2013





- "Que a vida não é justa?"
- "Sim, isso também. Mas aprendi que é possível seguir em frente, não importa quanto pareça impossível. Com o tempo, a dor... diminui. Pode não desaparecer completamente, mas depois de um tempo não é massacrante."

Trecho de 'Querido John', pg. 265, Nicholas Sparks

16 de mai. de 2013

Desconfortável


"Desconfortável. Não me sinto bem. Não sei o que é que há. Mas alguma coisa está errada e dá mal-estar. Mas no entanto estou sendo franca e meu jogo é limpo. Abro o jogo. Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza."

Clarice Lispector

14 de mai. de 2013

Abrindo a caixinha de músicas


Vilarejo - Marisa Monte

♪ Há um vilarejo ali 
Onde Areja um vento bom 
Na varanda, quem descansa 
Vê o horizonte deitar no chão 

Pra acalmar o coração 
Lá o mundo tem razão 
Terra de heróis, lares de mãe 
Paraiso se mudou para lá 

Por cima das casas, cal 
Frutas em qualquer quintal 
Peitos fartos, filhos fortes 
Sonho semeando o mundo real 

Toda gente cabe lá 
Palestina, Shangri-lá 

Vem andar e voa (3x)

Lá o tempo espera 
Lá é primavera 
Portas e janelas ficam sempre abertas 
Pra sorte entrar 
Em todas as mesas, pão 

Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for ♪♫





Muzicons.com

13 de mai. de 2013

Força maior


DEUS me criou por um belo propósito e eu sinto isso, por mais que no final do dia não tenha entendido nada e mesmo que, em minha inquietude, não saiba esperar como deveria. Na verdade ninguém, a não ser o seu espírito santo, precisou me convencer disso, eu sinto e isso basta.
Não venha me dizer que Ele não existe e que é fruto do meu pensamento, no fundo no fundo todos sentem que há uma força maior em torno de nós e que há muito mais nesse universo do que meros humanos possam explicar...

10 de mai. de 2013

Quebra-gelo


Não sei bem se você sabe, mas sentir saudade faz parte, quando duas pessoas já foram uma só...



"A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você."

Ralph Waldo Emerson


1 de mai. de 2013

"Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro e o pensamento lá em você..."





Dia frio, se escuta o trincar da chuva no telhado e o vento faz seus pêlos arrepiarem. Ela está sentada na poltrona da sala, mesinha do telefone à frente, carpete vermelho com estampas diagonais, cortina bege que esvoaça ao passar da brisa. A janela está entreaberta e não há mais ninguém em casa, então ouve-se o chiar da água borbulhando na chaleira e ela vai até a cozinha.
...
Já de volta à poltrona, uma xícara de chá repousa sobre um pires na mesinha ao lado. O dia é frio, mas na verdade parece melancólico e naquele ambiente paira uma misteriosa tristeza, mas ela não estava triste, só pensativa olhando em direção à janela coberta pela cortina até se dá conta de que estava tão perdida em seus pensamentos quanto olhando para nada. Então levantou-se e puxou as cortinas abrindo-as até os cantos da janela. A rua não estava movimentada, passava alguns carros vez ou outra, mas a chuva e as folhas caiam sem exitar. Ela ficou ali por alguns minutos tentando ver algo interessante, mas sua tentativa foi frustrada. Retornou para seu chá e para sua poltrona, mas agora via a chuva cair lá fora e aquilo a acalmou. Não que estivesse tensa, mas olhar para o nada tomando chá não era confortável.
Vieram os pensamentos novamente, mas desta vez eles a deixaram feliz e ainda continuava observando a chuva e tomando seu chá. 
De fato as coisas tinham ido longe demais pra ela, pensava. Mas agora teria que decidir em dar um passo à frente ou ficar presa pra sempre em incertezas, boas, mas que não passavam de incertezas. E nada que não seja certo merece confiança. 
Um carro preto parava na vizinha da frente nesse momento, interrompendo seus pensamentos. Alguém com uma capa de chuva preta desceu segurando umas flores - muito bonitas ela achou - e correu com cuidado protegendo-as da chuva com uma parte de sua capa. Apertou a campainha e em segundos a porta já estava aberta, a vizinha com um sorriso deslumbrante e sendo surpreendida com as flores e um beijo. Ela olhou para a xícara que estava em sua mão e, percebendo que já esvaziara foi buscar mais chá. Parecia que aquilo tinha remexido em lembranças que tentava, em momentos antes, esquecer.
Com a xícara cheia, e agora com biscoitos rodeando o pires, ela sentou-se e voltou ao pensamento interrompido pelo namorado romântico da vizinha. Ela soltou um leve sorriso ao se lembrar da cena e ficou feliz pela vizinha. Só que exatamente naquela tarde e naquele momento de suas reflexões, assistir aquela cena a causou certo desconforto, porque querendo ou não, desejava que acontecesse aquilo com ela e que o cara da capa preta fosse exatamente o cara que estava tentando esquecer. O culpado por ela ter ido tão longe e o culpado também por ter deixado marcas incuráveis em seu corpo e coração.
Decidida em não pensar mais naquilo e em seguir com seu projeto de dar um passo à frente na história, verificou se o chá ainda estava morno, pegou um livro que havia deixado no sofá e, na companhia dos biscoitos foi divertir-se com a leitura.