Irei reguardar aquele amor que já havia sido entregue de vez, sem eira nem beira, todo e único. Pensei que houvesse se desgastado, sem ter sobrado nem uma gotinha, mas amor se renova e se refaz, talvez remendado, um pouco enrugado e mais difícil de lhe dar, mas se refaz.
Vou guardando o que não sobrou em forma de intenção pra ir se recriando, enquanto ganho mais forças, mais coisas boas e mais vontade de amar. O tempo é árduo com as velhas lembranças, mas o futuro é promissor para as novas sensações e eu fico no meio dos dois, dividida entre a pressa de viver o novo e a tristeza de não ter o que foi bom. Mas estou vivendo e, por isso mesmo, não posso regredir, nem parar no tempo. Por ele sou obrigada a continuar e, como regras da vida, recomeçar, refazer, repensar e outros tantos "re".
Só espero que diante de tudo que estou vivendo eu REencontre uma razão esplendorosamente forte que me faça entregar a melhor parte de mim.
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