Hoje, quando estava voltando para casa, de dentro do ônibus avistei um mendigo. Ele era muito, muito sujo. Era uma sujidade preta que estava grudada em toda a sua pele. Ele estava em pé olhando não sei pra onde, mas com uma expressão de que procurava por algo ou de que buscava um sentido para a sua vida.
A princípio eu tive pena daquele mendigo, mas depois eu pensei comigo: o que eu tenho a mais do que ele?Será que por eu ter comida todos os dias, um teto para morar, várias roupas para vestir, ter sapatos e uma boa cama me faz superior àquele mendigo? Agora fica tudo mais claro.
Como aquele e tantos outros mendigos espalhados pelo mundo afora, eu não sou nada. Você não é nada. Somos como trapos de imundície, diz a santa palavra do Senhor. E é verdade, a mais pura verdade! Não somos NADA, eu repito. Nem melhor, nem pior do que ninguém.
Não importa o que tenhamos nesse mundo finito, seja ouro, prata, comida ou água, nenhuma matéria mundana nos faz dignos de algum prestígio. Só a graça, queridos amigos, só a graça de Deus nos faz dignos de alguma coisa. Quando nós jogamo-nos fora e deixamos ele habitar é que passamos a ser um alguém.
Deseje não ser, nesse momento, apenas um mendigo, apenas um "Zé" ninguém e fale, baixinho, para Deus viver em você...